A qualidade, num contexto geral vem sendo pensada, esquematizada, melhorada e implantada desde a década de 30 nos Estados Unidos e desde a década de 40 no Japão e em vários outros países.
Na década de 50, a preocupação com a gestão da qualidade fez surgir uma nova filosofia gerencial com base no desenvolvimento e na aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequadas a realidade da época.
Essa nova filosofia gerencial ficou conhecida como gestão da qualidade total e marcou o deslocamento da análise da qualidade dos produtos ou serviços para a concepção de um sistema da qualidade.
Isso significou que a qualidade deixou de ser um aspecto do produto e responsabilidade apenas de um departamento especifico e passou a ser um problema da empresa, abrangendo todos os aspectos de sua operação.
Ao decorrer dos anos o conceito da gestão de qualidade total foi sendo desenvolvido por numerosos consultores empresariais norte-americanos tais como W. Edwards Deming, Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum.
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Em 1961, Feigenbaum definiu a gestão de qualidade total como um sistema eficaz que integra o desenvolvimento da qualidade, a manutenção da qualidade e os esforços de melhoria da qualidade entre os diferentes setores da empresa, com o objetivo de criar produtos e serviços com o máximo de economia e com a plena satisfação dos consumidores.
Mas foi no Japão, após a publicação do livro Company-Wide Total Quality Control, escrito por Shigeru Mizuno e publicado pela Asian Productivity Organization em 1988, (que teve milhares de edições vendidas no mundo todo) que os conceitos de gestão de qualidade total tomaram o formato que influencia ainda hoje, os empresários do mundo todo.
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“Nós estamos presos em uma inescapável malha de reciprocidade, atados em uma face singular do destino. O que quer que afete alguém diretamente, afeta a todos indiretamente.” Martin Luther King.
O toyotismo e a evolução dos conceitos da gestão da qualidade
A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito de gestão de qualidade total, superando a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão.
O método japonês era um sistema flexível. A mão de obra não era extremamente segmentada como a de Henry Ford, e era multifuncional, dando flexibilidade para a produção japonesa da época que era pequena, e tinha recursos escassos.
No toyotismo os colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização.
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Masao Namoto entrou na Toyota em 1943 e foi nomeado presidente da Toyoda Gosei (Conglomerado Toyota) em 1982. Em 1985 a empresa ganhou o Prêmio Deming (prêmio japonês) de gestão de qualidade. Em 1987, Nemoto teve dois livros publicados em inglês com o título Total Quality Control for Management – Strategies and Techniques from Toyota and Toyoda Gosei.
Nemoto combinara o sistema de produção da Toyota (com o sistema Kanban e o just-in-time), os conceitos da gestão de qualidade e sua filosofia gerencial podem ser definidos em alguns princípios básicos:
Os conceitos básicos da qualidade total
- Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes.
- Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro continuo obtido com o domínio da qualidade.
- Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto).
- Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos.
- Administrar a empresa ao longo do processo e não por seus resultados.
- Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais.
- O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade.
- A prevenção deve ser a tão montante quanto possível.
- Na lógica anglo-saxônica de “trial and error”, nunca permitir que um problema se repita.
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