Em meados de abril, a revista The Economist falou do mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. A reportagem afirma que os brasileiros são gloriosamente improdutivos e que eles devem sair de seu estado de estupor para ajudar a acelerar a economia. Boa parte dessa crítica é endereçada aos trabalhadores e empresários de micro e pequenos negócios, fatia da economia que representa cerca de 20% do PIB nacional e emprega mais de 60% da mão de obra ativa do Brasil.
Enquanto outros emergentes, como Índia, Coreia do Sul, Chile e China, apresentam firme tendência de melhora do indicador de produtividade, no Brasil se ‘patina’ em fluxos, metas e até práticas simples, tornando a gestão de micro e pequenas empresas extremamente deficitária.
De acordo com a reportagem, o baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Entenda infraestrutura como educação, coeficiente do aprendizado e gestão das empresas brasileiras.A Revista Exame também divulgou há cerca de um ano uma matéria que compara profissionais de outros países com os brasileiros. É espantoso, mas um único profissional americano é capaz de produzir o mesmo que cinco profissionais brasileiros. E o principal motivo apontado foi o baixo investimento em tecnologia e gestão.
A realidade com o micro e pequeno empresário brasileiro não é simples. Alta carga tributária, burocracia e dificuldade em obter investimentos são razões que dificultam este tipo de negócio tão fundamental para a economia. São dados confirmados que as micro e pequenas empresas precisam investir em média quatro vezes mais do que uma empresa de grande porte para ter uma produtividade equivalente gerando vendas para alcançar o lucro necessário e então poder investir em tecnologias e outras melhorias, que seriam fundamentais para uma gestão saudável desde o início.
Apesar de todas as dificuldades do micro e pequeno empreendedor, implantar a Gestão por Processos para organizar um fluxo de trabalho que contemple todo o processo produtivo pode garantir a saúde financeira das corporações.
Fluxos claros e possibilidades gerenciais dão às micro e pequenas empresas a chance de crescer produtivamente e de estarem mais bem preparadas para atender seus clientes e encarar a grande competitividade imposta pelo mercado. Acompanhar tudo o que é feito em uma micro ou pequena empresa, ou mesmo ou para uma organização com poucos recursos para investir em ferramentas é bastante simples e talvez custe menos do que alguns empresários imaginam.
Desde o momento em que cada passo é colocado num papel, quadro ou cartolina, os fluxos e as responsabilidades ficam mais claros e está dado o primeiro passo para o desenvolvimento de uma metodologia adequada para uma ferramenta BPM, por exemplo.
Qualquer empresa entendida por processos passa a ter sequência de atividades e retornos organizados, com possíveis problemas solucionados com mais rapidez e eficiência. Outra vantagem é a correta adequação dos profissionais às suas funções e a possibilidade de uma substituição mais tranquila quando necessário. Portanto, não é simplesmente mensurar cada colaborador com seu valor em dólares ou qualquer outra moeda; muito menos fazer comparativos rasos entre americanos, brasileiros, alemães e senegaleses. A ideia é ver onde a força de trabalho local pode melhorar e as características positivas daqui possam ser potencializadas.
Por fim, Wallace Oliveira, CEO da Venki Tecnologia, afirma que baixa produtividade nas empresas brasileiras não está ligada à falta de trabalho, mas à falta de processos. “O trabalhador brasileiro trabalha bastante, porém não produz, pois a maioria das empresas não dispõe de um ambiente de processos que propicie a produtividade”, explica. Para Wallace, basta oferecer ao trabalhador um ambiente de processos que traga facilidade de comunicação entre os setores, definição clara das responsabilidades, apoio e melhoria na gestão dos conhecimentos e controle de vulnerabilidades.
O CEO da Venki Tecnologia acredita que a tendência de se preocupar com a gestão é fazer com que os processos sejam levados às micro e pequenas empresas para que elas possam garantir um bom desempenho produtivo a partir do uso do BPM. “O mercado de BPM tem que se aproximar da realidade dessas empresas no Brasil e adequar seus produtos e serviços para que possam ser úteis e colaborar para o seu crescimento”, ressalta Wallace.
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